22 de janeiro de 2010

À NOITE

A noite, todos os gatos são pardos
À noite, todos os gatos são pardos.
À noite, poetas seresteiros;
corujas, curiangos, namorados.
À noite, noutros mundos,
caminho sorrateiro.
À noite... Me despojo de meus fardos.

Á noite, todos os gatos são pardos.
À noite, todos os gatos são pardos.
À noite, amantes trocam segredos.
Vinho, conhaque, cerveja são fartos.
O ébrio perde seus medos.
À noite... Eu parto!

À noite, todos os gatos são pardos.
De dia, eu morro.
Á noite... Eu ando!

Á noite vem,
e eu vou.
Vou onde minhas pernas
não podem me levar.

À noite, todos os gatos são pardos.
De dia, estou gordo.
Á noite, sem peso, sem gravidade.
Á noite... Sou!
Vivo!
À noite, não tenho idade.

Á noite vem...
Eu vou.

Rubens Prata 19/11/2007

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