26 de janeiro de 2010

QUE REMÉDIO?

Tenho insônia,
Tomo remédio para doido,
Meu corpo pesado,

Não segura um verbo aprimorado.
Talvez viva pouco,
Mas entre um cigarro e outro,
Persisto como louco,
São pronomes que se misturam,
Vocábulos que me empurram
A escrever treslouco.

O tempo é sempre curto.
Não sou letrado,
Nem tampouco culto
Mas, escrevo, conjeturo.
Assim a vida “curto”.

Dizem que tenho paciência.
Paciência é para fila de banco!
Tenho é prazer,
Paixão por fazer,
Tesão por escrever.
E se hoje eu não cair na cama.
Amanhã, na praça, durmo na grama.

Rubens Prata – 31 – 10 – 09

FUNCIONÁRIO DO SUB-SOLO

Chamado de rato do subsolo,
Sua profissão: empacotador, despachante, quebra galho.
E todo mundo ele embrulhou,
Empacotou o diretor,
Despachou o administrador
E na sua voz, sem voz,
A sua volta contou
Que estacionado no subsolo.
Estava sob a terra,
Debaixo do céu, dentro a terra – no centro do planeta.
Nessa “encucação” a imaginação fertilizou.
Foi de subsolo a abrigo anti-atômico.
Então a temperatura destemperou-se,
Pela falta de chuva, sol e vento.
Somente uma galáxia se formou,
Da poluição e do mundo lá fora se comentou.
Contraditório no seu espaço,
Mil caminhos procurou,
Na quarta dimensão penetrou,
Num disco voador o subsolo se transformou.
Foi daí que ele voou,
Subiu para o quinto andar, o nono, décimo,
Ao céu chegou.
Em Marte, um pouco parou
E, pelo universo enveredou,
Um belo planeta avistou,
E na Terra muito pensou.
Então de pane se enrolou,
De saudade se inflamou,
No subsolo pensou.
O infinito encontrou.
Revoou: Marte, Décimo, nono, quinto andar.
Enfim no subsolo entrou
Aos amigos abraçou.
A amizade bem fundo lhe calou.
O amor estava bem ali.
Alcimar...
Do sonho acordou
Finalmente o subsolo funcionou
Tchau.

Rubens Prata – escrito para o amigo, companheiro de trabalho no subsolo do prédio da empresa Hoechst, era falador e enrolado o tal amigo Alcimar em 1973.
,

ALGUMAS PITADAS

Para dizer-te palavras lindas
Eu preciso de uma pitada de tristeza,
Um bocado de mágoa,
Uma pá de revolta.
É que sou poeta.
Poeta feliz.
Infelizmente...

Rubens Prata – 05-10-09

INCOMODAÇÃO

Uma coisa me incomoda,
A falta de inspiração.
A perda do tesão.
Não falo de tesão de macho,
Mas daquilo que acho,
De excitação,
De emoção,
De tesão pela vida,
Do que dá sentido a tudo.
Da dor de ficar mudo.

Nem o canário da terra
Que pousa na sucupira,
O curió que berra,
O beija flor do Ipê branco,
O sanhaço azul
Visitando-me diariamente,
Nem os cães de rua
Passando para um cumprimento
Encantam-me o bastante
Para trazer-me alento.

Nem o vento avareense
Que refrigera o calor
E congela o frio,
Traz o meu amor.

Ah! O vento...
O vento mora em Avaré.
Nem ele, tem inflado a vela da paixão.
Mas, aqui tomo meu café,
Aqui eu moro
E falta pouco,
Bem pouco,
Para estimular-me
Como louco.

Rubens Prata 03-10-09

PRÉ-SAL

Estrangeiro explorar o petróleo do Brasil,
Ainda vender para nós o barril.
Ah! Eu grito.

Não tolero lero-lero,
Privatização eu não quero.
Já me livrei dos partidos,
Hoje sou muito mais querido.

Dilapidar nossa riqueza
Transferindo-a ao estrangeiro,
Financiada pelo BNDS
Sem cobrar imposto.
Ninguém merece.

Peço aos congressistas,
Não permitam desnacionalizar o pré-sal
Tomem cuidado.
É um bem que pode virar um mal.

Se você está de acordo,
Não lamente,
Reclame,
Arrebente.

Rubens Prata 05-10-09

PAPEL DA ARTE

Penso que a arte,
Deva trazer beleza
Para o mundo,
Encanto para as pessoas.

Mas palavra
Na madeira
Não se lavra
Não se pinta
Com pincéis.
Como não posso enviar por E-mail
Minha arte plástica.
E, não sou tão bom artista da palavra.
Para pintar por escrito
O que sinto
Apenas digo:
Como é gostoso ter sua amizade.

Rubens Prata 12-09-09

CHOVE LÁ FORA

Tirei folga.
Queria fazer
Alguma coisa nova.
Mas chove lá fora.

Quem sabe encontre
Inspiração para escrever
Mas o tempo é frio, cinza,
Escuro, molhado
E, chove lá fora.
Tai-Chi-Chuam talvez.
Mas sem companhia,
Sem estímulo?
Chove lá fora.

Tirar uma soneca
Seria uma boa.
Mas a alma irrequieta,
Fervilha!
Chove lá fora.

Há tempos
Uma escultura do São Francisco
Espera para ser feita.
Mas há compromissos outros.
Chove lá fora.

O corpo dói,
Mereço descanso,
Mas trovoa, venta, relampeia
Sobretudo em minha alma.
A chuva da alma
Molha minha face.

Rubens Prata 10-09-09

TUDO MUDOU

Do saber,
Só sei agora que nada sei.
Partido político?
Só o meu, o das Artes!
Do religiosismo
Sobrou a religiosidade.
Do ter que fazer
Ficou o fazer por prazer.

O forte ficou cauteloso.
O instrutor
Virou aprendiz.
O hábito de ensinar
Misturou-se a mania de amar.
O correr,
Agora é só, discorrer.

O medo transmudou-se em confiança.
O adulto virou criança.
O Deus procurado,
Mora comigo.

Mas...
Como dizia Drumont:
“De tudo ficou um pouco”

Rubens Prata 13 -9-09

PRAÇA PADRE TAVARES

O paraíso é aqui.
Do passeio do Turista.
Da cerveja gelada,
Do caminho do vento,
Da mesa na calçada.

O Brasil é logo ali:
Rua Bahia, Pará,
Rio Grande do sul,
Rio de Janeiro.
Não me tirem daqui.

O sorvete gostoso da esquina,
Na Cidadania uma boa canção,
Na rua, a bela menina,
O rapaz com o violão,
O encontro de amigos,
A paz do hippie.
A majestosa Nossa Senhora das Dores.
Por favor, não me tirem daqui.

A música na Concha,
O espaço vazio,
O menino do Skate,
O quiosque do Rubens,
A alegria do Tadeu,
O encontro de artistas.
Não me tirem daqui.

Não me tirem daqui
Da sombra das árvores,
Tem bem-te-vi me olhando,
Maritaca na palmeira reclamando
Curió no ipê branco,
Sabiá laranjeira voando
Tem Azaléia,
E petúnia florando.
O paraíso é aqui
Na Praça Padre Tavares.

Rubens Prata 13-9-09

VAZIO, VAZIOZINHO

As palavras fugiram.
Não as encontro.
Ando vazio:
Vazio de idéias,
Vazio de sentimentos,
Vazio de tristeza,
Vazio até de sofrimento.

Se houvesse, pelo menos,
Uma gota de mágoa,
Seria motivo para as palavras brotarem.
Mas, até as lágrimas me esqueceram.

Ando vazio de vazio.
Vazio já seria alguma coisa a ser cheio!
Ando nulo, incólume, indiferente.
Pior ainda: Conformado!
Conformado com a incompetência,
O desrespeito,
A má vontade,
A preguiça,
A desordem...

O que me dá medo,
É que não esteja só com o corpo velho.
Mas com a alma cansada, enrijecida.
Pois, não brigo,
Nada falo.
Não grito:
Basta!

Ando vazio,vaziozinho!

Rubens Prata 28-8-09

POUCAS PALAVRAS

Eu não minto
Palavras são importantes para mim.
Queria tê-las:
Para dizer o que sinto,
Para secar os prantos.
Para fazer graça,
Provocar um encanto.

Queria tê-las
Para trazer paz à existência,
Para contar do universo conspirando a nosso favor.
Para abrir um sorriso em faces tristes.
Para do fundo do coração, dizer:
Amamo-nos,
Como irmãos, como amigos, como família!
Somos amados
Como almas que caminham pela eternidade.
Somos amados pelo que fazemos,
Até pelo que não fizemos.
Somos amados por anjos e entidades
Que embora desconhecemos.

Queria ter palavras
Palavras meigas, alegres,
Para distribuí-las a mãos-cheias.

Rubens Prata 20-08-09

EU QUERO É BRASIL

Basta desses mesmos rostos,
De tanto chá
Com o mesmo gosto.
Eu quero é Brasil,
Goiabada cascão
Com muito queijo
Dar-te na rua, em público,
Na boca, um grande beijo.

Basta desta única dança,
Dessa repetida canção.
Eu quero é Brasil
Com tanta nuança.
Rock, Baião, Bossa, Samba-canção.

Basta desse único, venerado,
Enorme e sujo rio.
Eu quero é Brasil,
Do rio Iguaçu, do novo,
Do de Janeiro.

Eu quero é Brasil.
Seja: “Tupi or noTupi”
De branco, ruivo, amarelo,
De Negro, cafuzo,
De vermelho,
De pardo confuso.

Basta de monstros,
Super-heróis, policiais.
Eu quero é Brasil
Copacabana,
Central do Brasil.

Eu quero ver
O maior amor do mundo,
Curumim, Pererê, Magali
Menino Maluquinho
E tudo o que vem por aí.

Nada disso de mesma religião,
Do mesmo partido.
Eu quero briga!
Brasil, confusão.
Desigualdade,
Liberdade, emoção.

Eu quero essa criança imatura
Com tudo por fazer.

Rubens Prata - 03/08/09 – 5,30 hs

OPINIÃO É TABU

Interessante...
Entre nós tupiniquins, fofoca está na “Caras”.
Tem revistas, programa de
Fofoca na TV. Fofocas há, entre visinhos, companheiros de trabalho, no jornal.
Mas se você falar que não gosta de programa religioso na tv. Nossa! Aí o bicho pega.
Se disser que ama de forma diferente os filhos. Cuidado! Você pode ser linchado.
Experimente dizer que não gosta dessa nova música sertaneja. Vai arrumar intriga, pelo menos uma peleja.
Pois é, nada é tão ruim que não possa piorar.
No país da fofoca, opinião é tabu.

Rubens Prata – 04/01/09

CRIANÇAS

Criança!...
Criança é criança. Uai!
Despertam na gente
Os mais bonitos sentimentos.
A puxada do cobertor na madrugada,
O beijo na testa,
Cujo carinho, propositadamente,
A febre atesta.

- Ulisses. Põe a blusa!
- Augusto.Olha o carro,
Saia da rua!.
- Olha vovô a minha dança!
-Tá bom Eduarda, mas não saia do banheiro nua.

Criança é alegria.
Um abraço apertado
Prendendo-lhe os joelhos
E outro, ao mesmo tempo,
Sufocando-lhe o pescoço.
- Vô. Eu te amo!
- Vô. também te amo!

- Augusto!...
Não coma toda torta.
- Felipe!...
Não bata mais a porta.

Criança é arrelia,
Folia sem escrúpulo,
Um ataca a geladeira,
Outro sobe pelos batentes,
E o pequeno bate a porta do armário
Que outro, um dia, já quebrara.

Vovó é alegria dos netinhos,
Dá bronca,
Faz bolo,
Fica tonta.

- Olha o Felipe comendo Isopor.
Isabella
- O Felipe defecou!
Bem, nem tudo é perfeito.

Rubens Prata 15/08/09 – 3,00 Hs.
HOJE EU DESABAFO
Não vou fazer aqui nenhum novo poema, poemas são para artistas especiais, vivendo e respirando arte.
Quero desprender-me das amarras que tolhem meu Tesão
Digo tesão não no sentido de macho. Mas daquela gana explosiva e incontrolável de desejo de realizar arte, de encantar as pessoas, de trazer para o mundo o melhor de si.
Pois, essa excitação que dá sentido à vida, o motivo maior para existir, sempre me pertenceu; agora me falta. E, não é de hoje, mas de algum tempo.
Perscruto minha alma para encontrar esse vírus maldito que me aprisiona. Nada encontro. Definho.
Meu corpo padece as dores da idade, do sedentarismo, mas o espírito ainda vibra, clama por entusiasmo criador.
Meu desejo não mudou , mas transformou-se a vida a meu redor, a casa, as pessoas.
A conversa é frívola, há gritos constantes, não se planeja, não se deseja, não se fala, não se ouve arte.
O mofo substituiu a caiação, a telha vasa alagando a lavanderia, os reboques sobressaem nas paredes dando aquele aspecto de desmazelo. O jardim da calçada abandonado, a calçada sempre suja, um monte de gatos que só se interessam por comida, as crianças e os gatos vandalizam os vasos de flores restantes, todas as a maçanetas quebradas o ateliê com brinquedos esparramados, minha esposa sem forças. Até as drosófilas e moscas de ralos instalaram moradia fixa na casa.
O que mais é preciso para se estar vazio?
Meu criador me ajude, eu lhe peço!.
Me dê forças para mudar esta situação.


Rubens Prata

UM PC FERIDO

Meu pczinho de 246 MB de banda estreitíssima parecia o tal, aguentava qualquer brincadeira, participava de muita prosa. Até o dia, no qual ocorreu o acidente.
Acabou na U.T.I. cheio de vírus, HD fraturado, todo encrencado.
Três meses para recuperação não foram suficientes. Ficou capenga, perdeu a memória dos livros que guardava, as histórias em quadrinho, uma centena de poemas e trocentas fotos que mostravam arte e aventuras por Avaré.
Mas é com essa mesma mula manca, totalmente cega para scraps complicados e vídeos que retorno para os amigos tentando reabilitar-me com novas emoções e bons sentimentos. Tirando do fundo do coração palavras fresquinhas que levem alegria, encanto e um abração a todos os que me mandaram congratulações e esperanças de um pronto restabelecimento de contato.

Rubens Prata 17/08/09

DESENCANTO

Hoje...
Não consigo encantar ninguém com minha arte,
Nem mesmo, me encantar com a vida.
Não canto aos meus amores.
Nem posso falar de flores.
Não posso brincar de rimas,
Navegar na internet com minhas primas.

Hoje...
Estou triste!
Indignado,
Mortificado,
Amargurado.

Tenho vergonha de ser homem.
Portanto,
Não posso escrever um belo poema.
Não consigo olhar as aves no céu
Nem ver os lírios do campo.
Só posso pensar em gente aos pedaços.
Mãos, cabeças, pernas, olhos,
De mulheres, homens e crianças despedaçados.

Hoje...
Não consigo amar.
Estou puto,
De luto,
Com raiva,
Sou um bruto.

Minha alma está morta.
Morreu como morreriam
Meus pais,
Filhos, netos e primas.
Morreu com meus semelhantes
Num longínquo país.

O pior é que:
Não morreram por acidente,
Nem morreram por causas naturais.
Morreram por ódio,
Por racismo.
Em Gaza.

Hoje...
Só posso chorar
Com vergonha de pertencer à raça humana.

Rubens Prata

(Acreditando que a causa seja justa, peço aos queridos amigos e família que escrevam ou repassem este E-mail repudiando o ódio e o racismo em todo o planeta. Penso, que assim possamos manifestar nossa indignação com o que acontece em Gaza e em outros lugares.)

LEMBRANÇAS VAZIAS DE UMA VIDA EM SILÊNCIO

Como falar de uma sombra de si mesmo.
De uma existência espectral,
De viver em silêncio,
Dos anos sem acontecimentos?
É como dizer de um retrato na parede
Parado, extático e em branco e preto.

O que dizer de palavras do silêncio?
Por acaso. Poder-se-á contar as aventuras de uma vida –
Só de trabalho?
Como extrair alguma coisa
De quem viveu à margem dos acontecimentos?
Quais os sentimentos,
Dos melhores momentos?
Daria para lembrar-se de amores guardados no cofre!

Meus quadros são fortes e coloridos.
Retratos de uma existência retida
Em branco e preto.
As esculturas são fortes e expressivas.
Para contrapor talvez, um corpo disforme,
Sedentário, Parado.

Nunca fui preso,
Mas nunca saí ileso
Não tenho história que seja de peso.
Sou a bomba que não aprendeu a explodir,.
O viajante com medo de partir.
Nem tinha lugar aonde ir!

Rubens Prata - 24 – 12 – 2008 – 19,30 horas

SER BRASILEIRO

Quando lembro ser brasileiro,
Não recordo o subdesenvolvimento
Só penso na mistura de temperos
Com sabores de todas as raças,
Com aromas de todos os cheiros.

Quando penso ser brasileiro,
Lembro bem, como sou antropófago.
Saboreio bem o estrangeiro,
Degluto, transformo e,
Devolvo melhorado bem ligeiro.

Quando lembro que sou brasileiro.
Tenho certeza:
Sou guerreiro,
Sou bravo,
Sou forte.
Mas não sou filho do norte,
Nem do oeste,
Do sul e do Leste.
Sou filho e fruto da Terra,
Sou o seu melhor gem
Sou o sal da terra.

Rubens Prata 23 – 12 - 2008

TV ABERTA

Não quero saber de crises,
Nem assistir na TV
O show das meretrizes.
Mulher melancia,
Melão, moranguinho.
Que agonia!

Por favor,
Não quero saber
O que aconteceu
Com a morte do Zébedeu.

Não quero saber da programação
Que mais me apetece.
O que vem por aí,
Ninguém merece.

Chega de ouvir falar de bandido.
Esse assunto,
É tempo perdido.
Pior ainda,
É tempo sofrido.

O show do Ton,
Mulher Melão,
Pó ke mom,
Vá lamber sabão.

Rubens Prata – 24 – 12 - 2008 - 16,30 horas

O BEM E O MAL

O mal domina
Porque o bem é tímido.
Mas quando o bem se anima,
Todo mal termina.

O mal domina,
Faz da vida uma triste sina.
O bem aglutina,
Faz da vida uma feliz rotina.

O mal é morte.
Traz consigo devastação,
Corrupção de toda sorte.

O bem é forte.
Traz consigo construção,
União e muita sorte.

Desculpem estes versos
Simples e tão pobres.
Mas eu queria tanto dizer
Que o universo,
Ampara as almas nobres.

Contra o mal,
É preciso lutar
Sem nunca fugir.
Pois, é lícito reagir
Sempre,
Quando o mal,
Tornar qualquer vida, imoral.

Já dizia o mestre:
“É preciso que sejais
Quentes ou frios,
Porque se vós fordes mornos,
Eu vos vomitarei da minha boca.”

Rubens Prata – 24 - 12 – 2008 – 11 horas da manhã.

MADRUGADA DE NATAL

Nesta madrugada saí à rua
Para ver e sentir o natal.
Uma única estrela entre as nuvens,
A rua, vazia de gente.
Só sentimentos andantes
Perambulavam pelo ar.
Sentimentos de gratidão,
De alegria,
De carinhos,
De arrelia de menino.

A rua vazia.
As casas lotadas
De sabores,
De confraternização,
De amores.

Tudo pára.
Para celebrar-se o nascimento do amor.
Deseja-se:
Felicidades.
No ano vindouro,
Prosperidade.

Tempo de reflexão,
De planejar a vida,
De colocar o pé no chão.
Desejamos felicidade,
Saúde, prosperidade.

Prosperidade material?
Arrancando do planeta
Tanta prosperidade
Veremos o seu final.

Desejemos então,
Um novo estilo de existência,
Uma vida saudável
Que possa ser auto-sustentável.
Uma vida permanente de amor.

Que saibamos.
Sentir os perfumes do ar,
Das flores nos nossos jardins,
Das árvores no passeio,
Dos aromas do mar.

Desejemos, de hoje em diante,
Contemplarmos a estátua
Que não sabíamos de quem era antes.
Cumprimentarmos o lixeiro,
Dizer bom dia ao padeiro.

Decretemos, de hoje em diante,
Nunca desprezarmos
Um por do Sol,
Uma estrela,
Um pássaro no céu,
A chuva cantarolando no telhado,
Um toque de mãos,
Um abraço bem apertado.

Desejemos
Que a vida seja muito rica,
Rica de atitudes,
Plena de virtudes
E, que a felicidade assim permaneça.
E, que em todos os dias,
Agradeçamos esses presentes
Que o Criador nos proporcionou.

Rubens Prata - 24 - 12 – 2008 – 02,44 horas da madrugada.

CONTRACENSOS

Por que eu tenho telefone, internet?
Me sujeito aos roubos da Estatal espanhola – “Telefonica”?
Da globalização sou um fantoche?
Penso que sou caso de deboche.

Estou escravo do consumismo?
Por que me sujeito à ditadura do falar inglês?
Meus netos nem aprenderam o português!
Por que preciso de telefone se tenho celular.
Posso falar de qualquer lugar.

Meu genro se diverte jogando futebol.
Minha esposa gosta de pescar.
Eu adoro nadar.
Por que não saio deste lugar?

Não me iludem as “marcas”,
Praticamente, não preciso de nada,
Só de uma camisa surrada,
Bermudão e uma sandália.

Eu só quero ter uma flor no vaso,
Um pé de Ypê na calçada,
Ver o João de Barro.
Ouvir boa música
Sentir a vida fluir,
Quero mesmo, é pisar no barro.

Eu Rubens Prata - 01/12/2008

GLOBARITARISMO

Tivemos Franco, AI-5,
Stroesner, Médicis, Pinochets
e muitos outros cacetes.
O inimigo não estava oculto
Sabíamos como e a quem combater.

Agora...
Temos outros totalitarismos.
Fruto e efeito do Globalitarismo.
Chegando na surdina
Contaminando nossa rotina.

Temos sim, outros totalitarismos.
Da música da pior qualidade,
Da droga, da maldade,
Da mulher magra,
Do comércio religioso,
Do bispo tenebroso.

Temos ditaduras pavorosas.
Da mídia a serviço das multinacionais,
Do lucro sem fim do banqueiro,
Das empresas institucionais
Do jogo financeiro
Do consumismo desenfreado,
Do homem desempregado.

Temos sim, ditaduras...
Da obrigatoriedade da língua inglesa,
Do império que continua
Da ignorância, da frieza.

E agora “Mané”?
Temos quem, como, onde combater?

Eu, Rubens Prata - 01/12/2008
Não importa o que digam,
Os que me criticam.
Eu afirmo:
No Brasil, não tem Afro-descendente
Tem sim, Afro-ascendente.
Porque, antes de tudo, somos brasileiros
mescla de todos os gens
de todas as terras,
Somos a semente híbrida
do planeta Terra

INSÕNIA

Quatro horas da madrugada.
E eu aqui...
Digerindo minha insônia.
Apesar de revoltado com a falta de sono,
não estou triste.
Se tivesse mesmo triste,
seria bom,
porque da tristeza,
sempre se extrai palavras
de bom tom,
de alguma beleza.
Pois na profunda solidão,
em meio a mais completar escuridão
se vislumbra melhor as estrelas.

Revoltado estou...
Mas é uma revolta infame,
Daquelas que não tem reclame
Ou qualquer causa que me inflame.
Revolta, às vezes
é boa companheira das palavras,
Quando berra contra desumanidade,
Quando clama contra a maldade.
Mas esta revolta é infrutífera,
Resulta de minha agonia,
De noite mortífera
De noite de insônia.

Eu, Rubens Prata - 30/11/2008 - 4,45 horas da madrugada

25 de janeiro de 2010

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O QUE O RIO TEM A NOS PROPOR

O rio tem a nos propor:
Um bom lugar para acampar.
Um cantinho para namorar,
Um barranco para pescar.

O rio tem a nos propor:
Uma vela aberta no ar,
Um barco a navegar,
Um passeio de canoa.
Nada como estar à toa.

O rio tem a nos propor:
A mais bela paisagem,
O verde e a flor da margem,
Um caminho,
Uma viagem.

O rio tem a nos propor:
Um delicioso peixe,
Água para beber,
Um banho, o laser,
Um mergulho com prazer.

O rio tem a nos propor:
O reflexo do entardecer na água;
Do céu, do Sol, da Lua;
A mais bela vista.
Não há quem resista!

O rio tem a nos propor,
O vôo dos pássaros,
Um êxtase.
Este poema.

O rio nos propõe
Sobretudo vida
A vida nossa,
E de todos os nossos netos.

Agora!...
O rio tem muito a nos pedir também.
Não me desmate!
Não me suje!
Por favor, não me mate!

Eu, Rubens Prata – 30/11/2008 – 3,53 da madrugada

O HOMEM GLOBALIZADO

O homem esqueceu-se do homem.
O homem é o lobo do homem.
O homem tanto consome.
Tem gente passando fome.

No planeta. O homem é animal em extinção,
Um fantoche da globalização.
O homem destrói a natureza.
Tem gente vivendo na pobreza.

O homem faz parte da humanidade.
Porém, esqueceu-se de ter Humanidade.
O homem virou bicho.
Tem gente catando lixo.

O homem perdeu a educação,
Só para cachorros, dá toda a atenção.
O homem abandonou seu ninho,
Não educa mais seu filho (ou niño),

O homem, hoje é um ser sem voz.
Entretanto, é seu próprio algoz.
O homem tem como parâmetro, a esperteza.
Mas, esqueceu-se de valorizar a interior beleza.

O Homem não trata do homem.
O homem se trata no SUS.
O homem mata o homem.
O homem é só massa de manipulação para o homem.

Ah! O homem...
O que foi feito do homem?

Eu, Rubens Prata - 29/11/2008 - 2,29 horas da madrugada

SAUDADES DE MIM

Eu não tenho saudades de mim
Da escola que não estava lá
Das turmas que não aconteceram
Dos carinhos que não me lembro
Das aventuras que não ocorreram.

Eu não tenho saudades de mim
Das músicas que não ouvi
Tocadas no rádio que não tive
Dos beijos que não roubei
Da moça que não namorei.

Eu não tenho saudades de mim
Da minha menor idade
De gigante timidez.
De toda minha miserabilidade
De tamanha ignorância
De tacanha inferioridade.

Eu não tenho saudades de mim
Portanto, não sou saudosista.
Eu fiquei quieto demais,
Medroso demais,
Obediente demais.

Mas, como diz o poeta:
De tudo ficou um pouco
Um pouco de Rock and Roll
Que um dia muito dancei,
Um pouco do mar,
Quando o vi, pela primeira vez
E nele... Correndo me lancei .

Rubens Prata – 05-11-2008 - 16,50 horas

GLORIOSA MANHÃ

A chuva acabara de lavar a rua.
Reencarna um belo dia.
O sol criança brinca de aquarela com as nuvens
As maritacas com vozes rachadas
Dão tons de verde no muro vermelho em frente de casa.
Os colibris bailando freneticamente,
osculam o Ypê amarelo na calçada do vizinho
As palmeiras Imperiais, do outro lado da rua,
Balançam suas copas ao sabor do vento.

As rosas.
Ah! As rosas...
As inumeráveis e variadas rosas do jardim na calçada,
Transvestidas de seu melhor esplendor,
Brindam ao céu esta maravilhosa manhã de primavera.

Qual será meu papel neste cenário?
Só sei que o espetáculo do hoje
Merece aplausos em pé.

Eu, Rubens Prata – 23-10-2008 – 4,35 horas

COISAS DO TEMPO


Tempo é entardecer,
Renovar conceitos,
Aprender a desaprender.

O tempo é o tal
Que faz você conhecer
Que nada sabe.

Rubens Prata - 23 -10- 2008 – 1,52 horas

QUEM ME DERA

Quem de dera poder escrever todos os dias,
Ter inspiração a toda hora,
Poder realizar toda criação que mora em minha alma.
Quem de me dera olhar a aurora.

Quem me dera entender Drumont,
Encontrar você.
Quem me dera só falar de amor
Quem me dera poder escalar um monte.

Quem me dera fazer uma revolução,
Desvendar os mistérios que povoam minha mente,
Conhecer o mensageiro do Sol,
Entrar em ebulição.
Quem me dera...

Eu, Rubens Prata – Setembro de 2008
(NOTA: Sei que o poema não está bom, mas enfim. Quem dera fazer tudo isso)

OBRIGADO AMIGOS ERON E ANTÔNIO MARCOS

Eu queria escrever porque sou grato.
Gratos aos amigos que dão eco
aos meus gritos fortes ou fracos.

Eu queria escrever porque sou grato.
Porque ouvem meu canto de dor
Meu verso ao Sol e a flor.

Eu queria escrever porque sou grato.
Não sou daqueles que comem
e cospem no prato.

Eu queria escrever para agradecer,
para dizer - amo vocês

Eu, Rubens - 21-10-2008 às 2,37 horas

(NOTA: Se não sou poeta de verdade, pelo menos, tenho senso crítico, por isso, sei que estes meus versos são chulos. Não são bastante bons para pô-los no ar, mas são verdadeiros. São meu pequeno agradecimento a vocês Eron e Antônio Marcos)

PARA O AMIGO DO ORKUT J. ALVES

Tu és um poeta.
Poeta maior,
Sem dúvidas,
Tu respiras poesia,
Vive poesia
É, em si, a própria poesia.

E poeta...
Como diz o ditado:
Poeta se está triste,
Quanto mais triste
Canta.

E cantando....
Por paradoxalmente que seja,
Encanta o semelhante,
Embeleza o planeta.

Poeta é assim...
Um ser que transcende
Penetra em nuances do cotidiano
Que o olho comum não percebe.
Traz à tona a beleza velada.
Faz vida do nada.

Tu és poeta.
Poetas são anjos.
Anjos não fazem pelo lucro,
Mas fazem pela alegria,
Pelo conforto, pela beleza,
Pela introspecção,
Pelo bem do mundo.

Tchau amigo poeta.

Eu, Rubens - 19,00 horas do dia 19- 10 - 2008

OH1 VIDINHA VAZIA

Habitualmente...
Durmo bem pouco
Nestes últimos dias,
Minha insônia cresceu.
Transformou-se em gigante algoz a me torturar.
Porque fechei o coração
Às súplicas da alma.

As palavras arrebatam-me
Brincam, pulam,
Desfilam chamando minha atenção.
Zombam de mim.
A alma é leve
O corpo pesado
Não as prendo no papel
Faço-me de rogado.
As palavras insistem,
Brigam comigo.
Mas a alma é leve
O corpo pesado.
E eu, as escrevo somente na mente.
Noutro dia. Elas se vão.
E por vingança, nem deixam lembranças.

Tento me desculpar
Auto - afirmando que tenho que matar dois leões por dia
Para sustentar minha grande família.
Mas as palavras se fazem indiferentes
E não voltam jamais.
Oh! Vidinha vazia.

Eu, Rubens Prata - 5,03 horas do dia 16-10-08

CARTA PARA O ANIVERSÁRIO DA VERENICE (minha irmã)

Debaixo deste sol de primavera
O ar está cheio de expectativas
De sonhos a realizar
De novos projetos de vida
De boa saúde
De felicidades
De quereres diversos.

O ar,
Por incrível que pareça,
Apesar da distância,
Tem cheiro de festa,
Cheiro de bolo,
De doces.
Cheiros que só as crianças sentem
Cheiros de saudades
Dos tempos que o mundo foi feito para nós

O ar tem cheiro de perfumes
Porque hoje é seu aniversário
Parabéns Irmã amiga

Parabéns Porque, com certeza, o mundo foi feito para nós
Parabéns porque nossa vida é bela
Parabéns porque o universo conspira a nosso favor.

Parabéns. Parabéns

Eu Rubens Prata – 08-09-08

TEMPO É DINHEIRO?

“Tempo é dinheiro”, diz o ditado !
Isso só pode ser princípio de avarento, não de GENTE.
De gente maiúscula.

Tempo é integração,
Comunhão de Pessoas,
Solidariedade,
Bastião de sabedoria
Humanidade.


Tempo é dedicação,
Saia Justa,.
Evolução,
Temperança.
Muita inspiração.

Tempo é leitura,
Estudo,
Aperfeiçoamento.
É Feitura.

Tempo é, sobretudo amor
.

Rubens Prata - 21-08-08 23,30 hs

TEMPEROS DA VIDA

Eu nem falo de amor.
É uma palavra eletizante
que quando repetida demais soa falso.

Eu falo de pessoas.
Saindo juntas correndo de casa
para admirar a borboleta que pousou
no Ypê amarelo da calçada.

Eu falo do abraço fraterno
que a filha lhe dá,
quando não tem palavras
para amainar a sua dor.

Eu falo de encher a vida
com vasos floridos e temperos cheirosos
Falo de alho, cebolinha, salsa, pimenta
em abundância.
Que alguém carinhosamente
incrementou sua comida para torná-la mais saborosa.

Falo de café quente e forte
sempre a sua disposição.
Dos abraços e beijos dos netos.
Do amigo que sempre lhe visita
para contar dos livros que leu,
só para igualmente enriquecê-lo
com suas descobertas.

É...
Meu heróis não morreram todos de overdose.
Eles estão muito vivos
no meu cotidiano.

Rubens Prata 18-08-08

CACETEEE!!!

Chega de Bala perdida
Chega de tráfico
Chega de Sílvio Santos
Chega de Pastor enchendo o saco
Chega de música country, pagode,
Chega dessa coisa mole
Chega de perseguição de imigrantes
Chega dos novos muros de Berlim
De Chipre de Israel do México
Chega de grades na janela
Chega de cercas eletrificadas
Chega de não me toques
Não me provoque
Chegaaaaaaa!!!!!!
Vamos mudar o enfoque

Cacete!... ainda não consigo terminar 11/8/8

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Hoje é dia 11 de agosto, anda atazanado porque faz muito tempo não escrevo poemas, sinto saudades do estado de espírito no qual fico quando vivo inspirado. É muito Bom!
Mas tem uma idéia que há dias não me sai da cabeça
É sobre os muros, de Berlim, de Chipre de Israel, no México, nas casas e agora a promessa de perseguição aos imigrantes na União Européia.
O pior é que todos estas atitudes contrariam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Declaração esta, feita após a segunda guerra mundial justamente para evitar uma terceira guerra.

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Outra idéia que me surgiu, hoje 11 de agosto, ao ver um filme de rock é sobre a mentira, ”mentira”, entre aspas, da instrução escolar, do aluno nota 10, treinado especialmente para se ajustar a este mundo capitalista no qual o homem é o lobo do homem. Esse mundo no qual o ser “científico” se acha melhor e mais sábio que o Ser mágico, o ser intuitivo, o ser vivido.
Espero que com a ajuda dos bons anjos e do universo um dia eu possa escrever sobre estes temas.

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24 de janeiro de 2010

VIDA



Voa ave sagrada,
Vai-se a árvore cortada,
Viscosa torna-se a água salgada,
Venta um ar violado.

Vigora a morte em todo lugar;
Víboras sem valor
Vomitam das fábricas muito odor:
Viventes veados voam de horror.

Voragens varrem as vidas:
Viagens de almas perdidas,
Vejam a morte voraz
Que a ganância do homem faz!

Vindita da vida virá:
Ventos viajantes virarão vendaval,
Voltará o mar na Terra a despejar,
Suas águas as almas irão lavar.

O mal na Terra enriquece
o vulnerável homem vulgar.
Malgrada sina terrestre,
Malvada vida agreste.

Com toda a força a Terra berra.
Voltará o homem a nos verdejar?
Como Deus deu aos filhos seus,
Devolverá o homem à Terra o ar?

Quero ver o homem fazer o vento voltar,
O sol brilhar,
As estrelas desembaçar,
Fazer a ave no céu voar.

Volverá o homem à força a terra
Em busca da verdura perdida
Do vôo velado às vistas humanas,
Da várzea vazia de vida vivípara.

Deus...
Faça valer a força do homem de bem
Contra a vasta violência da devastação
Da nossa nação.


Rubens Prata

(Não sei se a poesia é boa, mas tentei fazê-la toda combinada com palavras que começam com a letra “V”)

(escrito na década de 80 - tem tudo a ver com os últimos acontecimentos na Terra de hoje)

TEMPO & TEMPO

Naquele tempo
Havia muito tempo
De ir, vir,
Conversar, ler.

Neste tempo
Não há tempo
Por trabalhar, adquirir
Ganhar sem contra-tempos.

Não há tempo
Porque a televisão
Preenche nosso tempo.

Não há tempo
Porque está fazendo
Mal tempo
Chuva, Sol, frio.

Não há tempo
Para quem não quer
Perder tempo
Aprendendo, ouvindo auxiliando.

Não se pode fazer nada
Por ninguém
Porque não se pode
Perder o passa-tempo.

TRABALHAR,
JUNTAR,
BARGANHAR,

NAUFRAGAR NA TEMPESTADE
DE SEU AMBIENTE.

Formiga - Eu, Rubens escrevi e assinei Formiga - porque não tenho certeza se esta poesia foi mediúnica - mas é o que eu penso - Foi escrita na década de 70.

MENSAGEM PARA A VERENICE

VERENICE
Você é minha irmã.
Alguém que tenho nas minhas melhores lembranças,
Alguém que nunca parei de cultuar,
Alguém que nunca deixei de lembrar,
Alguém que sempre amei muito.

Você é minha irmã,
Dos passeios a pé em Campos do Jordão,
Das pequenas cavalgadas,
Das pizzas com o Zé,
Das trocas de idéias.

Você é minha irmã,
Com quem posso melhor conversar..

Você é muitoooo!

Eu, Rubens - mensagem para Orkut da Verenice em 20-07-08
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Quando uma instituição é construída com o apoio do político acaba se destruindo:
quando o interesse pelo voto acabar,
quando o governo mudar,
quando as verbas forem desviadas por corruptos,
quando num cabide de emprego se tornar,
quando...
R. Prata
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Amar é tudo,
é dar-se,
é amizade,
é a amada,
é o compromisso,
é erupção da fé,
é erupção da fera.
é não ficar omisso.
R. Prata
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Não há um caminho para resolver ou entender tudo, há apenas uma caminhada.
O caminho é apenas a projeção do caminhar. Neste caminhar tudo se coloca para que o caminho seja percorrido.

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SÓ, MAS BEM ACOMPANHADO

Hoje, às 3,17 da madrugado do dia 10-03-2008, como sempre, estou só.
Pois é...

Como sempre, estou só
Mas, por mais paradoxalmente que seja
Estou só
Mas bem acompanhado
Acompanhado pelo universo
Conspirando ao meu favor
Pela música
Fomentando minha efervescência
Pelo Criador
Pela Lua
Pelo tema inspirador
Pelas estrelas a piscarem na rua

Estou só
Mas bem acompanhado
Por velhas lembranças
Pela vida
Em suas principais nuanças

Portanto...
Não tenha dó!
Por paradoxalmente que seja
Estou só
Mas, me divertindo.

Pense em mim
Como um menino
Garimpando preciosas palavras
Só pra te dizer
Que te amo enfim

Pense em mim
Como alguém querido
A prosear com amigos
À mesa de um de um bar
Bebendo palavras
Que volitam no ar

É claro,
Não estou num bar de verdade
Não tenho dinheiro
Meus amigos morreram
Não tenho idade
Meu corpo rotundo
Não agüenta mais
Toda cerveja do mundo
Mas, como quando era jovem,
Não quero que a noite se acabe
Quero lavrar minha última palavra
Só pra dizer
Eu te amo muito
Eu te amo tudo
Eu te amo fundo
Eu te amo mudo
Eu te amo profuso

Não tenha dó
Estou borracho
Ébrio de inspiração
Beba comigo
Um gole dessa piração

Estou farto de emoção
Entornemos juntos
Uma última frase
Que deixe patente
O quanto te amo

Eu, Rubens
(Digo – Te amo mudo – porque sinto-me como estivesse mudo, mesmo porque, quem amo não lê o que escrevo e eu amo todo aquele que me lê. Amo esposa, filhas netos, amigos, leitores. Mas eles não sabem disso. Portanto, é como se eu estivesse mudo para todos.
Enfim, já são 5,30 da matina e cabe mais um cigarro enquanto vou digerindo este último poema)
Hoje, sinto-me mais liberto do que ontem.
Libertei-me do partido,
sem deixar de tomar partido.
Da religião,
sem deixar de religar-me.
Do orgulho ferido,
sem deixar de ter orgulho..
De obrigar-me a dar opinião,
sem ser cego ou ficar mudo.

R. Prata
A vida é apenas um sopro, havemos de vivê-la prazerosamente.
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TANTO EU, COMO PRESIDENTE LULA..

Fico revoltado quando o “doutor”,especialista em alguma coisa, escarnece, faz chacota com o maior mandatário deste país.
Cultura, conhecimento e principalmente sabedoria não são títulos, não se trata simplesmente de um papel na parede, escrito: ” Diploma “.
Há “doutores” só porque se instruíram numa determinada área do conhecimento se acham mais capazes de tudo saber.
Pois é! Continuando...

Tanto eu,
Como o presidente Lula
Não somos
Nenhuma mula.

Também,
Não tenho diploma
O meu bem
É minha única dona
Minha alma
Ninguém doma
Antes eu guardava ressentimentos
Por não ter diploma
Hoje, me rejubilo
Tenho sentimento
E muito mais brilho

Na vida, sou autodidata
E, como o presidente, eu li tudo.
Não sou mestre em ciência exata
Mas não fico mudo
Diante da impropriedade
Da palavra inexata

Já disse:
Sou autodidata!
Aprendo com os livros
Com o filme
Com a televisão
Com a conversa
Com a desilusão
Minha palavra
Muita gente acata

Hoje, fico satisfeito
Por não ter estudado em universidade
Eu não julgo conforme as regras da faculdade
Regras estas, que são uma só

Hoje, fico satisfeito
Pois os doutores
Só enxergam pelo ângulo da sua escolaridade
E eu, como o presidente
Sinto
Sou variedade
Pressinto
Sou multiplicidade
Me indigno
tenho Humanidade
Eu, Rubens
2,11 horas do dia 10-03-08
(A minha poesia, se é que realmente podemos chamar de poesia, deve ter erros inaceitáveis que aos olhos de um Poeta Verdadeiro seria um descalabro. Porém, mesmo com todas as falhas, sei que estou dizendo alguma coisa, que acredito ser verdade.
Escrevi sobre eu e o presidente Lula porque fico indignado com a opinião de certos -pseudo-sábios- que trazem sua opinião nefasta em rede nacional. Isto acontece quase todo dia, mas a última vez foi o J.U.R. que num programa do Jô Soares afirmou que o Lula não tinha cultura. Para que, por que, o que é cultura para ele, que tipo de cultura um presidente deve ter para governar bem?
Sinto muito, eu admirava J.U.R.)