26 de janeiro de 2010

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Eu sou do tamanho daquilo que vejo e sinto e não do tamanho da minha altura.
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REGRAS IMPRESCINDÍVEIS PARA UM CAPITALISTA VENCEDOR

Se você é empresário, industrial, trabalhe no mínimo 18 horas por dia.
O lucro, a qualquer custo, deverá ser sempre a meta principal. Recuse dar remunerações acima do mínimo possível.
Descubra a maneira de burlar a lei, para pagar menos imposto.
Se desejar realizar uma obra altamente lucrativa, ficará mais fácil corrompendo algum político.
Seja criativo. A concorrência pode lhe passar a perna.
Recicle-se semanalmente.
Invente mensalmente alguma coisa nova, mesmo que não tenha como e o que inventar, pois sua empresa morrerá sem inovar-se.
Não seja nem gordo, nem magro demais, pois o visual pode ser bom para os negócios.
Dê festas e sorria sempre, até para os imbecis.
Não fume, beba só socialmente, porque pode causar má impressão aos clientes. Além do mais, pra que tanto lucro se você vai morrer de câncer logo-logo.
Não transe muito. Você pode ganhar um aspecto cansado, ou ser confundido com um viciado sexual.
Elimine a norma anterior, porque se você trabalhar 18 horas por dia, reciclar-se constantemente, inventar mensalmente você também não transará mais.
Use os meios de comunicação para provocar insatisfação no maior número de pessoas possíveis. Pois o desenvolvimento de sua empresa depende da insatisfação crônica de todo mundo para empurrar o consumo de seus produtos.

O DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO DEPENDE DA ANSIEDADE PELO DESEJADO E NÃO PELO NECESSÁRIO.

Agora, se você for banqueiro, basta confiar no Banco Central que ele fará tudo por você.

Rubens Prata – 02-11-09

A SAGA DE UM NAVEGANTE

A SAGA DE UM NAVEGANTE

Capítulo: 1

Desejava fazer um blogue para comunicar-me diariamente com amigos. Mas além de ser inexperiente no assunto, estou incluso nesta modernidade capenga da era da comunicação que dia falha e outro também.

Pois é, há trinta dias, dedico horas preciosas para mandar recados aos amigos e... Nada.

É verdade, o fim do mundo chegou. Se não morrermos de bala perdida, trânsito estagnado, efeito estufa. Faleceremos de mal de orkut.

Para começar, tem as senhas, senha para o banco, o
MSN, o orkut, o site, o twitter etc.

Bem, o negócio é mais em cima, começa lá na tal da conexão, quando se acessa o discador e vem o recado malfadado dizendo que tem cabo solto.
Após verificação minuciosa... Nada.

Aparecem os códigos do por que você não conecta. Você retorna aos procedimentos para sanar as dificuldades. Anota tudo, com todo cuidado para não errar, executa a tarefa e... Nada.

Como somos brasileiros e brasileiros não desiste nunca, abrimos o programa, executamos novos procedimentos. As horas passam e... Nada.

Você liga para a Itelefonica, espera, passa por muitos, finalmente anota o número do código da reclamação e... Nada.

Depois de trinta dias atarefado, você conclui que seu computador está mesmo é com vírus. Vírus de pobre, é lógico, já que seu PC só tem 248 MB e a banda é estreitíssima, para economizar.

Claro, desistir é para os fracos. Então, você pega seu CPU, leva ao técnico e se tudo der certo e não precisar voltar, teremos pelo menos, mais uma semana, quem sabe, de grata e satisfatória comunicação.

É claro, comunicação esta, sem vídeos, já que eles não cabem na sua banda pobre.

Enfim, nesse ínterim, a gente já perdeu muito serviço, não fez mais sexo, discutiu com o cônjuge e, quem sabe, não foi morar com os anjos.

Ah! Seja bem-vindo à nova era da comunicação.


PS. Não percam o capítulo: 2. Se não estiver satisfeito, você poderá se “instruir”, fazendo cursos de Hardware, Software...

PS. Capítulo: 3. Esqueci dos Celulares, do micro-ondas, da super-máquina de lavar, do mecânico...

Rubens Prata
O internauta solitário

SEMENTES DE NATAL

Neste Natal...
Não há como não pensar nos compromissos na vida, na posteridade.
Tenhamos dias felizes ou difíceis,
Não há como não considerar,
O aparato colocado pelo Criador
A nosso dispor.
Portanto, desejo a todos um maravilhoso Natal.
Que o usufruto do planeta,
Seja também para nossos filhos e netos.
Que tenhamos ano novo próspero,
Não exatamente de consumo, mas de consciência, de saúde, de alegria.
Que aprendamos a reciclar, não só lixo,
Mas sementes.
Sim. Sementes!
Pois as sementes jogadas da janela de um trem, um dia florescerão o caminho de nossos filhos.
Semente de laranja, já tive a experiência, as formigas comem fácil.
Mas sementes de abacate, manga, tamarindo, palmeira, paineira, mamão, ypê, brotam rápido e fácil.
Sempre haverá um jardim, mesmo público, um ilha, um terreno baldio, uma cerca a beira da estrada onde plantar esta nova vida.
Aliás, neste natal, se há um consumo pelo menos, aceitável talvez seja uma bicicleta.
Poluiria nada, economizaria combustível. Melhoraria, com certeza, a saúde do ciclista.
Uma bicicleta para ir ao trabalho, às aulas, ao mercado, a padaria e, principalmente passear pelos campos com o neto esparramando sementes no ar.
É o que desejo a todos os meus amigos.

Um abraço fraterno

Rubens Prata

NATAL

Hoje é dia de Natal.
O verão começou a duas luas.
Umas poucas flores nos vasos insistem em alegrar a vida.
Meu espírito anda arrefecido,
Talvez pela falta de rosas no jardim da calçada, a ausência de flores no Ypê amarelo do vizinho.
Atormentado, inclusive, pelo som
grosseiro vagando no ar - irradiado a milhares de watts pelo vizinho.
Na TV, aquele desfile de filmes de papai Noel repetidos anualmente.
Os shows escandalosos. A promessa da retrospectiva de fatos que a gente não deseja lembrar.

Meus sentidos violentados não ousam
Nem um pequeno ensaio de enlevo
Com o bom, o belo, o poético, o Aniversariante.
Este é mais um Natal “Fast-Foode”.

Mas enfim, é natal, o espírito – não do homem de vermelho – mas o do Cristo prevalece.
O som grotesco que invadia o ar é desligado.
Parte dos parentes chega, a refeição é saborosíssima, a conversa alegre. A sobremesa então, uma festa para o paladar.
A inspiração retorna e recomeço este diário por este tema.

Enfim, é natal e, espera-se paz aos homens de boa vontade.

Rubens Prata – 25/12/09

EU NÃO POSSO SER PRESIDENTE

A noite é quente,
A lua, provavelmente cheia,
E eu, como sempre, insone,
Querendo falar a toda gente:
Não posso ser presidente.
O Arnaldo Jabor,
Chamar-me-ia de psicopata.
Não vim da elite.
Que um raio o parta.

Minha parede não ostenta Diploma,
Em coisa nenhuma sou bacharel.
No rádio, uma canção da Madona,
Desejo ser apenas um menestrel
A vagar por aí,
Cantando em Avaré ou em Roma.

A noite é quente,
Viajo, canto, recito,
Tomo iogurte,
Ponho em dia,
A conversa no orkut.

Não fico restrito
A nenhum recinto.
Pelas palavras indígenas,
Antevejo, do mundo, um fim em 2012,
Caminho entre as naves prateadas alienígenas
Vou a Paris. Eu não minto.

É. Eu não posso ser presidente.

Rubens Prata 19-11-09 às 0,20 hs.

BRINCAR DE VIVER

Dizem por aí,
Que estou assim
Ou assado.
Muito pelo contrário,
Só de idade um pouco passado.
Mas, a alma, continua criança
A distrair-se lúdica
Brincando de desenhar,
Esculpindo idéias,
A entalhar,
Caçando passarinhos
Armado de uma máquina fotográfica,
A escrever
Sem importar-se
Se tem alguém para ler,


De vez em quando,
A brincadeira rende uns trocos.
Afinal. Toda criança, de dinheiro,
Precisa um pouco.
Com certeza,
O Criador protege os loucos,
As crianças.

Rubens Prata – 02-11-09

AVIDA É ASSIM

A vida é assim:
Termina o ano,
Entra novo ano.
O melhor de tudo
É o cotidiano.
Eu te levo café na cama,
Noutro dia você me ama.

A vida é assim:
Fui feito para você,
Você feita para mim.
Amor avalizado pelo tempo,
Nunca vai ter um fim.

Pão para ser gostoso,
Tem que ser esquentado.
Vida para ser gostosa,
Tem que ter cuidado.

Você faz a janta apressada,
Eu, com desenho atarefado.
Você deita cansada,
Fico a seu lado acordado,
Velando seu estado.

Meia noite,
Sirvo-te dois comprimidos receitados,
Leite com carinho esquentado,
Pão quentinho bem recheado.

A vida é assim:
Feita com carinho e cuidado.

Rubens Prata - 30 – 10 – 09

QUE REMÉDIO?

Tenho insônia,
Tomo remédio para doido,
Meu corpo pesado,

Não segura um verbo aprimorado.
Talvez viva pouco,
Mas entre um cigarro e outro,
Persisto como louco,
São pronomes que se misturam,
Vocábulos que me empurram
A escrever treslouco.

O tempo é sempre curto.
Não sou letrado,
Nem tampouco culto
Mas, escrevo, conjeturo.
Assim a vida “curto”.

Dizem que tenho paciência.
Paciência é para fila de banco!
Tenho é prazer,
Paixão por fazer,
Tesão por escrever.
E se hoje eu não cair na cama.
Amanhã, na praça, durmo na grama.

Rubens Prata – 31 – 10 – 09

FUNCIONÁRIO DO SUB-SOLO

Chamado de rato do subsolo,
Sua profissão: empacotador, despachante, quebra galho.
E todo mundo ele embrulhou,
Empacotou o diretor,
Despachou o administrador
E na sua voz, sem voz,
A sua volta contou
Que estacionado no subsolo.
Estava sob a terra,
Debaixo do céu, dentro a terra – no centro do planeta.
Nessa “encucação” a imaginação fertilizou.
Foi de subsolo a abrigo anti-atômico.
Então a temperatura destemperou-se,
Pela falta de chuva, sol e vento.
Somente uma galáxia se formou,
Da poluição e do mundo lá fora se comentou.
Contraditório no seu espaço,
Mil caminhos procurou,
Na quarta dimensão penetrou,
Num disco voador o subsolo se transformou.
Foi daí que ele voou,
Subiu para o quinto andar, o nono, décimo,
Ao céu chegou.
Em Marte, um pouco parou
E, pelo universo enveredou,
Um belo planeta avistou,
E na Terra muito pensou.
Então de pane se enrolou,
De saudade se inflamou,
No subsolo pensou.
O infinito encontrou.
Revoou: Marte, Décimo, nono, quinto andar.
Enfim no subsolo entrou
Aos amigos abraçou.
A amizade bem fundo lhe calou.
O amor estava bem ali.
Alcimar...
Do sonho acordou
Finalmente o subsolo funcionou
Tchau.

Rubens Prata – escrito para o amigo, companheiro de trabalho no subsolo do prédio da empresa Hoechst, era falador e enrolado o tal amigo Alcimar em 1973.
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ALGUMAS PITADAS

Para dizer-te palavras lindas
Eu preciso de uma pitada de tristeza,
Um bocado de mágoa,
Uma pá de revolta.
É que sou poeta.
Poeta feliz.
Infelizmente...

Rubens Prata – 05-10-09

INCOMODAÇÃO

Uma coisa me incomoda,
A falta de inspiração.
A perda do tesão.
Não falo de tesão de macho,
Mas daquilo que acho,
De excitação,
De emoção,
De tesão pela vida,
Do que dá sentido a tudo.
Da dor de ficar mudo.

Nem o canário da terra
Que pousa na sucupira,
O curió que berra,
O beija flor do Ipê branco,
O sanhaço azul
Visitando-me diariamente,
Nem os cães de rua
Passando para um cumprimento
Encantam-me o bastante
Para trazer-me alento.

Nem o vento avareense
Que refrigera o calor
E congela o frio,
Traz o meu amor.

Ah! O vento...
O vento mora em Avaré.
Nem ele, tem inflado a vela da paixão.
Mas, aqui tomo meu café,
Aqui eu moro
E falta pouco,
Bem pouco,
Para estimular-me
Como louco.

Rubens Prata 03-10-09

PRÉ-SAL

Estrangeiro explorar o petróleo do Brasil,
Ainda vender para nós o barril.
Ah! Eu grito.

Não tolero lero-lero,
Privatização eu não quero.
Já me livrei dos partidos,
Hoje sou muito mais querido.

Dilapidar nossa riqueza
Transferindo-a ao estrangeiro,
Financiada pelo BNDS
Sem cobrar imposto.
Ninguém merece.

Peço aos congressistas,
Não permitam desnacionalizar o pré-sal
Tomem cuidado.
É um bem que pode virar um mal.

Se você está de acordo,
Não lamente,
Reclame,
Arrebente.

Rubens Prata 05-10-09

PAPEL DA ARTE

Penso que a arte,
Deva trazer beleza
Para o mundo,
Encanto para as pessoas.

Mas palavra
Na madeira
Não se lavra
Não se pinta
Com pincéis.
Como não posso enviar por E-mail
Minha arte plástica.
E, não sou tão bom artista da palavra.
Para pintar por escrito
O que sinto
Apenas digo:
Como é gostoso ter sua amizade.

Rubens Prata 12-09-09

CHOVE LÁ FORA

Tirei folga.
Queria fazer
Alguma coisa nova.
Mas chove lá fora.

Quem sabe encontre
Inspiração para escrever
Mas o tempo é frio, cinza,
Escuro, molhado
E, chove lá fora.
Tai-Chi-Chuam talvez.
Mas sem companhia,
Sem estímulo?
Chove lá fora.

Tirar uma soneca
Seria uma boa.
Mas a alma irrequieta,
Fervilha!
Chove lá fora.

Há tempos
Uma escultura do São Francisco
Espera para ser feita.
Mas há compromissos outros.
Chove lá fora.

O corpo dói,
Mereço descanso,
Mas trovoa, venta, relampeia
Sobretudo em minha alma.
A chuva da alma
Molha minha face.

Rubens Prata 10-09-09

TUDO MUDOU

Do saber,
Só sei agora que nada sei.
Partido político?
Só o meu, o das Artes!
Do religiosismo
Sobrou a religiosidade.
Do ter que fazer
Ficou o fazer por prazer.

O forte ficou cauteloso.
O instrutor
Virou aprendiz.
O hábito de ensinar
Misturou-se a mania de amar.
O correr,
Agora é só, discorrer.

O medo transmudou-se em confiança.
O adulto virou criança.
O Deus procurado,
Mora comigo.

Mas...
Como dizia Drumont:
“De tudo ficou um pouco”

Rubens Prata 13 -9-09

PRAÇA PADRE TAVARES

O paraíso é aqui.
Do passeio do Turista.
Da cerveja gelada,
Do caminho do vento,
Da mesa na calçada.

O Brasil é logo ali:
Rua Bahia, Pará,
Rio Grande do sul,
Rio de Janeiro.
Não me tirem daqui.

O sorvete gostoso da esquina,
Na Cidadania uma boa canção,
Na rua, a bela menina,
O rapaz com o violão,
O encontro de amigos,
A paz do hippie.
A majestosa Nossa Senhora das Dores.
Por favor, não me tirem daqui.

A música na Concha,
O espaço vazio,
O menino do Skate,
O quiosque do Rubens,
A alegria do Tadeu,
O encontro de artistas.
Não me tirem daqui.

Não me tirem daqui
Da sombra das árvores,
Tem bem-te-vi me olhando,
Maritaca na palmeira reclamando
Curió no ipê branco,
Sabiá laranjeira voando
Tem Azaléia,
E petúnia florando.
O paraíso é aqui
Na Praça Padre Tavares.

Rubens Prata 13-9-09

VAZIO, VAZIOZINHO

As palavras fugiram.
Não as encontro.
Ando vazio:
Vazio de idéias,
Vazio de sentimentos,
Vazio de tristeza,
Vazio até de sofrimento.

Se houvesse, pelo menos,
Uma gota de mágoa,
Seria motivo para as palavras brotarem.
Mas, até as lágrimas me esqueceram.

Ando vazio de vazio.
Vazio já seria alguma coisa a ser cheio!
Ando nulo, incólume, indiferente.
Pior ainda: Conformado!
Conformado com a incompetência,
O desrespeito,
A má vontade,
A preguiça,
A desordem...

O que me dá medo,
É que não esteja só com o corpo velho.
Mas com a alma cansada, enrijecida.
Pois, não brigo,
Nada falo.
Não grito:
Basta!

Ando vazio,vaziozinho!

Rubens Prata 28-8-09

POUCAS PALAVRAS

Eu não minto
Palavras são importantes para mim.
Queria tê-las:
Para dizer o que sinto,
Para secar os prantos.
Para fazer graça,
Provocar um encanto.

Queria tê-las
Para trazer paz à existência,
Para contar do universo conspirando a nosso favor.
Para abrir um sorriso em faces tristes.
Para do fundo do coração, dizer:
Amamo-nos,
Como irmãos, como amigos, como família!
Somos amados
Como almas que caminham pela eternidade.
Somos amados pelo que fazemos,
Até pelo que não fizemos.
Somos amados por anjos e entidades
Que embora desconhecemos.

Queria ter palavras
Palavras meigas, alegres,
Para distribuí-las a mãos-cheias.

Rubens Prata 20-08-09

EU QUERO É BRASIL

Basta desses mesmos rostos,
De tanto chá
Com o mesmo gosto.
Eu quero é Brasil,
Goiabada cascão
Com muito queijo
Dar-te na rua, em público,
Na boca, um grande beijo.

Basta desta única dança,
Dessa repetida canção.
Eu quero é Brasil
Com tanta nuança.
Rock, Baião, Bossa, Samba-canção.

Basta desse único, venerado,
Enorme e sujo rio.
Eu quero é Brasil,
Do rio Iguaçu, do novo,
Do de Janeiro.

Eu quero é Brasil.
Seja: “Tupi or noTupi”
De branco, ruivo, amarelo,
De Negro, cafuzo,
De vermelho,
De pardo confuso.

Basta de monstros,
Super-heróis, policiais.
Eu quero é Brasil
Copacabana,
Central do Brasil.

Eu quero ver
O maior amor do mundo,
Curumim, Pererê, Magali
Menino Maluquinho
E tudo o que vem por aí.

Nada disso de mesma religião,
Do mesmo partido.
Eu quero briga!
Brasil, confusão.
Desigualdade,
Liberdade, emoção.

Eu quero essa criança imatura
Com tudo por fazer.

Rubens Prata - 03/08/09 – 5,30 hs