o rádio, as músicas
que fizeram as nossas cabeças,
Preenchem o vazio dos
cômodos.
Você na cama inerte,
dolorida,
Pego sua mão, ensaio a
sua volta uns passos de dança,
Beijo-te, te chamo de
querida.
Mas você, entorpecida,
permanece “tão longe
De mim distante”.
Lavo a louça, deixo a
pia impecável, o chão bem limpo.
Com carinho e coração
Esfrego-lhe o corpo
com arnica, cânfora e rubi.
“Teu corpo ainda é luz
sedução”,
Mas você, “onde irá
teus pensamentos?”
A música continua a
ofuscar a solidão,
Deixo arroz e mistura
prontos na geladeira
Ansiando o festejar do
nosso almoço.
‘’Como é grande o meu
amor por você’’
A madeira paciente,
espera que eu lhe traga vida.
Que o Criador me guie
ao talhá-la,
Que eu encante a todos
que aguardam o fim da escultura.”
A arte me espera,
O dinheiro é curto,
calculado,
Ao extremo planejado.
Os passos são medidos,
O passeio sempre
adiado.
Assim é o cotidiano,
até no feriado.
“É a vida, é a vida”,
De detalhes pequenos,
De passos minúsculos,
De tudo o que
escolhemos,
O dever cumprido,
O caminho da glória.
R. Prata
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