Nos EUA uma
único rapaz xinga Obama através do Facebook, vai preso.
Aqui
milhares xingam a Dilma, estão soltos.
Os
analfabetos abastados dizem que aqui é a ditadura comunista, lá a grande
democracia americana.
Outro, pede
a soberania do povo e ao mesmo tempo, ditadura militar.
A velha
senhora, provavelmente religiosa fervorosa
ostenta o
cartaz dizendo: Deveriam ser todos mortos em 1964
Essa gente
“culta, politizada”, não saberia dizer em quem votou e por que votou.
São
exatamente como um peixe ao qual se pergunta: o que é a água? Ele responderia: o que é água?
Como esse
peixe, desconhece o próprio mundo na
qual vive ou a razão de sua pobre existência assim são esses que vestem-se de
verde e amarelo, ou nada vestem (pelados e peladas) para reivindicar
moralidade, impeachment, etc e tal.
Não
percebem que ser brasileiro não está na ostentação da roupa verde amarela, mas no coração vermelho, branco, mulato,
negro, amarelo, daqueles que por merecimento nasceram aqui ou mudaram-se para cá.
Não sabem
que não foram degredados que aqui vieram nas caravelas, mas sonhadores, com o
paraíso na Terra, com o Eldorado perdido, com um novo mundo que aqui se descortina.
Não notam
aqui o palestino convivend com o judeu,
o turco o árabe em harmonia.
Que os
negros antes de serem escravos eram príncipes.
Que os
índios, não eram os índios da Índia, mas os donos da terra, caraíbas, tupis,
guaranis, kaiowas, e tantos outros sábios viventes desta promissora Canaã.
Brasleiros
não são o rock, o tango, o fado. Brasileiros são: rock, fado, tango, maxixe,
samba, baião e todos rítmos, sons, versos e vibrações da Terra.
Brasileros
são a América – o novo mundo, mas também a Europa, Ásia, África e Oceania.
Somos no todo o supra-sumo de Gaia.
Somos todos filhos de Tupã - Cristãos, muçulmanos, Candonblés, umbandistas, budistas,
taoistas, hinduísta, protestantes.
Essa gente
que esteve na rua dia 16 provavelmente nunca teve a experiência de ser
brasileiro, de trocar uma muda de jardim com o
outro, do prazer em distribuir entre vizinhos os frutos do quintal, de
matar um porco e chamar todo os moradores ao redor para repartir a carne, de
empurrar o carro atolado do estranho. Enfim, da solidariedade e
confraternização que nos é peculiar.
Resta muita
coisa a ser feita, mas vamos fazê-la argumentando democraticamente e não demonstrando
ódio, pois não é a característica da maioria do povo brasileiro, mas atributo
de quem faz guerras, cria preconceitos e inimigos.
Rubens
Prata