Um desgosto profundo me abate,
Os livros nada mais me dizem,
Aquele filósofo perdeu a palavra,
A curiosidade secou.
Um vazio me inunda,
As contas ficaram,
Não tenho bandeira,
O corpo pesou.
Não fui a Paraty,
Nem vou sair daqui,
Minha arte estacou.
Penso:Já morri!
Um pedaço de ipê roxo me arrepia,
Aguardando que o esculpa.
É duro, fétido e me dá alergia.
R. Prata
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