23 de agosto de 2010

SINA

Enjeitado, desde tenra idade,
Distante do privilégio de uma paternidade,
Triste e só pelas ruas vivi,
Passei fome,
De frio morri,
Mas, de nada me arrependi.
Com o tempo,
Muito aprendi.
Saí ileso, sem perder o juízo,
Dessa sina, não colhi prejuízo.

Agora, mais velho,
Não me desespero,
Faço tudo o que eu quero,
Já posso sonhar com a Lua Cheia,
Jogar futebol com bola de meia.
Nas águas do Jurumirim,
Ponho-me a brincar
Despreocupado,
Como pequeno curumim.

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