19 de outubro de 2015

ABRAÇOS

Hoje, velho livre e solto, com os tabus, 
holofotes e espelhos quebrados 
posso enfim, comportar-me como alma
e assim errante, exprimo o que sinto.
Abraço a pessoa que estranha,
O amigo que se alegra,
Aquele que livre, retribui,
Com o coração ao outro que tem vergonha.
Abraço com cumplicidade a companheira,
As filhas minimizando-lhes o estresse,
Os netos com palavras do bem
A mais pequenina roubando-lhe a febre
Abraço a grama com os pés descalços,
A árvore com os próprios braços,
O país com harmonia, 
O planeta em sintonia,
Agora a água do Jurumirim...
A água do Jurumirim é que me abraça 
Deixando-me criança magra, leve, 
Solta até flutuar.
Mas o por do Sol me abraça mais forte ainda,
Me enchendo de braços para tudo que faço,
Dando-me força, 
Para outro milhão de abraços.

O sistema global e a transição

O sistema já está falhando ao destruir irremediavelmente todos os direitos que a civilização, digo:"civilização" construiu ao longo de centenas de anos. 

Pessoas acostumadas ao capitalismo (empregado/patrão) sentem-se desamparados, desacreditadas de  qualquer saída. Não percebem sua própria capacidade de construir, de acreditar em si próprios. Entretanto, a luz sobre o planeta Terra ilumina bem mais hoje, tanto que, o Joio em meio ao trigo está ficando mais perceptível, já começamos a perceber ainda precariamente quem é o inimigo e a luta não é mais entre bem e mal, mas sim entre conhecimento e ignorância. 

O medo incutido na raça humana, por poderosos, pais, mídia, igrejas durante milhares de anos paralisa qualquer iniciativa individual. 

Operários não percebem que são eles que dirigem os caminhões, fazem o pão, costuram as roupas, até constroem os robôs que lhes tiram o trabalho. Não atinam que não é a empresa, o capital, o governo que trazem o sustento da vida, mas são eles próprios.
Se o homem consegue fazer música do nada, inventar aparelhos nunca existidos antes, certamente poderá reinventar seu mundo e, será preciso uma grande chacoalhada para acordarmos e, não esperemos muito para a chacoalhada não ser fatal.
Seres humanos são animais sociais e o poder de cada um está no outro. Portanto é preciso fazer pelo outro para fazer a si mesmo. Solidariedade, amor ao próximo, a si mesmo e ao meio ambiente não são palavras mortas, mas a salvação da vida na Terra!


Rubens Prata
Rubens Prata