31 de agosto de 2010

POLÍTICA E RELIGIÃO NÃO SE DISCUTE

A experiência ensina a não discutir política e religião se quiser manter a paz. Por outro lado, a consciência afligir-nos-á muito mais se a covardia calar-nos. É da natureza do brasileiro ficar quieto frente a temas polêmico, mas essa quietude oprime quando tem-se que renegar as próprias raízes principalmente a negra, indígena e até a cristã. Não são estas culturas que identificam nossa maneira de ser?

Deve-se a elas nossa música, culinária, hospitalidade, literatura, língua, tolerância, fraternidade até a capacidade de ser canibal.

Acontece que de uns 20 anos para cá um fundamentalismo crescente vem solapando sutilmente essa exuberância brasileira ao renegar, até atacar nossa realidade nos propondo um “cristo” insuportável. Não é de hoje a percepção de que estes homens são perigosos e intocáveis, pois falar deles é o mesmo que ”cutucar onça com vara curta” e absurdamente, colocados no pedestal no qual estão qualquer coisa dita vai provocar vingança em vez de perdão, desentendimento onde deveria existir compreensão, ódio no lugar do amor. Isto é fundamentalismo!

Acabaram-se as rádios que nos entretinham com programação em acordo com os mais puros sentimentos, uma das últimas que apresentava MPB de boa qualidade em SP, fora adquirida no ano passado por mais um desses grupos. O que não dizer da invasão dos lares por estes religiosos através das TVs?
Hoje, o mundo ficou mais feio, não é mais possível “viver a alegria de ser um eterno aprendiz”, “desesperar jamais”, não há mais aquela pedra no meio do caminho, nem “as rosas exalam o perfume que roubam de ti”. Terminaram as tardes de Itapoá. “Os poetas, seresteiros namorados correram...”

Agora só nos resta: aceitar Jesus.

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