Apesar da
falta de trato,
As flores da
calçada
Insistem em
brotar
Não dando
bolas ao fato.
Cada uma de
braços dados ao seu próprio galho.
São Marias sem vergonha que se embriagam
Na carícia do orvalho,
No acalento do Sol,
Nas festas das chuvas de março.
Mas apesar
de serem sem vergonha,
Até não muito bem quistas,
São exemplo de vida e conquista.
Pois
resplandecem em terra fraca,
Em qualquer época do ano
Superando as pedras do caminho
Melhor do que qualquer ser humano.
São mulheres
de nome Maria,
Que mesmo sem nenhum cuidado,
Vivem em eterna alegria
Enchendo a calçada de cor e fantasia.
Rubens Prata