25 de janeiro de 2010

TEMPEROS DA VIDA

Eu nem falo de amor.
É uma palavra eletizante
que quando repetida demais soa falso.

Eu falo de pessoas.
Saindo juntas correndo de casa
para admirar a borboleta que pousou
no Ypê amarelo da calçada.

Eu falo do abraço fraterno
que a filha lhe dá,
quando não tem palavras
para amainar a sua dor.

Eu falo de encher a vida
com vasos floridos e temperos cheirosos
Falo de alho, cebolinha, salsa, pimenta
em abundância.
Que alguém carinhosamente
incrementou sua comida para torná-la mais saborosa.

Falo de café quente e forte
sempre a sua disposição.
Dos abraços e beijos dos netos.
Do amigo que sempre lhe visita
para contar dos livros que leu,
só para igualmente enriquecê-lo
com suas descobertas.

É...
Meu heróis não morreram todos de overdose.
Eles estão muito vivos
no meu cotidiano.

Rubens Prata 18-08-08

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