26 de janeiro de 2010

LEMBRANÇAS VAZIAS DE UMA VIDA EM SILÊNCIO

Como falar de uma sombra de si mesmo.
De uma existência espectral,
De viver em silêncio,
Dos anos sem acontecimentos?
É como dizer de um retrato na parede
Parado, extático e em branco e preto.

O que dizer de palavras do silêncio?
Por acaso. Poder-se-á contar as aventuras de uma vida –
Só de trabalho?
Como extrair alguma coisa
De quem viveu à margem dos acontecimentos?
Quais os sentimentos,
Dos melhores momentos?
Daria para lembrar-se de amores guardados no cofre!

Meus quadros são fortes e coloridos.
Retratos de uma existência retida
Em branco e preto.
As esculturas são fortes e expressivas.
Para contrapor talvez, um corpo disforme,
Sedentário, Parado.

Nunca fui preso,
Mas nunca saí ileso
Não tenho história que seja de peso.
Sou a bomba que não aprendeu a explodir,.
O viajante com medo de partir.
Nem tinha lugar aonde ir!

Rubens Prata - 24 – 12 – 2008 – 19,30 horas

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